Fasciolose pode causar grandes prejuízos econômicos na produção de bovinos, saiba mais sobre a doença

 Você já ouviu falar da fasciolose, também conhecida como "baratinha do fígado? Esta é uma doença grave caracterizada por causar infecção no fígado e nas vias biliares de bovinos, ovinos, caprinos e equinos. É ainda considerada uma zoonose, ou seja, pode contaminar o homem e trazer graves prejuízos para a saúde.

Causada pelo platelminto Fasciola hepatica, a contaminação, se prolongada por mais de três meses e com a presença de cerca de 10 parasitas adultos, pode reduzir o ganho de peso dos animais em 11% e provocar o atraso no envio para abate em 120 dias. As vacas apresentam redução na taxa de prenhez em 15% e os seus bezerros desmamam 24 kg mais leves. De acordo com legislação federal, a carcaça dos animais contaminados com fasciolose pode ser condenada quando houver caquexia ou icterícia.

Neste artigo vamos falar sobre o ciclo desta doença, os principais sintomas, como preveni-la e tratá-la. Acompanhe!

O que é fasciolose?

A fasciolose é uma doença causada pelo Fasciola hepática, um platelminto da classe Trematoda, que ataca o fígado e as vias biliares de diversos animais, entre eles os bovinos.

É considerada uma doença de ciclo indireto, ou seja, necessita de um hospedeiro. Os hospedeiros da fasciolose são os caramujos do gênero Lymnaea, comumente encontrados em áreas de baixada, alagadiças e encharcadas. A doença é mais frequente no Sul do país, uma região caracterizada por ter áreas nessas condições, usadas, principalmente, para a produção de arroz, o que favorece a proliferação dos caramujos.

Os impactos econômicos causados pela doença são grandes e estão relacionados a perda de peso, diminuição da fertilidade, queda na produção e qualidade do leite, atraso no crescimento e condenação de carcaça.

Ciclo de vida

O ciclo de vida da doença começa com a eliminação dos ovos do parasita pelas fezes de bovinos contaminados. As larvas, oriundas desses ovos, penetram nos caramujos e permanecem ali por três meses, se multiplicando e se tornando maiores. Quando saem dos caramujos, ficam concentradas na beira do capim úmido, esperando serem ingeridas pelos animais.

Sintomas

Entre os sintomas observados em animais contaminados estão:

• Perda de peso
• Letargia
• Palidez das mucosas
• Expressiva diminuição na produção do leite
• Interferência na fertilidade.

Segundo pesquisadores do Instituto Biológico, em bovinos mais velhos ou com baixa carga parasitária, os sinais clínicos podem ser mais leves e pouco perceptíveis. Mesmo assim, a infecção afeta a conversão de alimentos e o ganho de peso dos animais.

Para o diagnóstico, o produtor deve sempre contar com o auxílio de um médico-veterinário de confiança, que vai levar em conta os sintomas apresentados pelos animais, principalmente na fase inicial da infecção, quando ainda não existem ovos nas fezes.

Os produtores rurais também devem realizar exames parasitológicos das fezes para a contagem de ovos. Esse exame vai ajudar a identificar o nível de parasitismo no rebanho.

Outra recomendação dos especialistas é a realização de necropsia de animais mortos em surtos mais graves para informações exatas do problema no rebanho. Os testes sorológicos também podem ser usados para a detecção da doença.

Prevenção da fasciolose

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os produtores devem evitar o pastejo dos animais em áreas alagadiças, principalmente após períodos de seca. Caso haja necessidade de utilização dessas áreas, é preciso que seja feita a drenagem, antes de introduzir os animais, para eliminar as populações de caramujo.Os produtores também podem contar com o auxílio de inimigos naturais dos caramujos, como patos, marrecos e peixes. Outra indicação é a realização da rotação de pastagens e o uso de endoparasiticidas, como o Pan 10, produzido pela Bimeda. empresa com atuação global há mais de 60 anos no mercado de saúde animal. O medicamento tem largo espectro e ação nos parasitas internos, possui baixa toxicidade, diminui a reinfestação dos rebanhos e atua em todas as fases do ciclo dos parasitas. 

Tratamento

Para reduzir os danos causados no fígado dos animais e diminuir os prejuízos, é preciso que o produtor aja rápido, assim que identificar a ocorrência da fasciolose no rebanho. Existem tratamentos eficazes contra a doença, sendo o Pan 10 da Bimeda um dos medicamentos indicados.À base de Albendazole 10%, o Pan 10 auxilia o tratamento da fasciolose, além de doenças gastrointestinais e pulmonares. O produto tem baixa carência, amplo espectro e é uma alternativa para o rodízio de princípios ativos. Para ação efetiva contra a fasciolose, o produtor deve estar atento a dosagem do produto, conforme indicado abaixo: