Quase 90% das inseminações efetuadas no Brasil foram realizadas com essa tecnologia, superando a marca de 21 milhões de procedimentos em 2020
O uso da IATF na reprodução do rebanho brasileiro tem se tornado cada vez mais comum. Segundo um balanço comparativo, entre os anos de 2019 e 2020, divulgado pelo Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP), verificou-se o crescimento de 29,7% do mercado de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), no período.
Em 2020, foram comercializados mais de 21 milhões de protocolos de IATF, comparados aos mais de 16 milhões registrado em 2019. Esses dados são indicativos de que 89,8% das inseminações no Brasil foram realizadas por IATF, demonstrando a consolidação dessa tecnologia no mercado de inseminação artificial.
Considerando o valor de comercialização de todos os fármacos que compõem um protocolo de sincronização para a IATF, estima-se que, em 2020, o valor médio do protocolo foi de R$ 20,00 e o faturamento com a venda de protocolos, aos produtores brasileiros foi da ordem de R$ 425 milhões.
Desde 2018, o mercado de IATF recuperou a tendência de forte crescimento anual, apresentando taxas acima de 15% ao ano, mesmo tendo atingido expressivo número de procedimentos (em 2018, o mercado superou 13 milhões de protocolos de IATF comercializados).
As informações são disponibilizadas anualmente pela indústria de produtos farmacêuticos veterinários que comercializam protocolos de sincronização para Inseminação Artificial em Tempo Fixo. Para o cálculo do número de protocolos de IATF, considerou-se o número de dispositivos de progesterona comercializados e as respectivas reutilizações. Subtraiu-se desse número a quantidade de protocolos para sincronização de receptoras de embrião (TETF).
O Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP elabora estudos desde 2002 para avaliar o desempenho do mercado de protocolos de sincronização para o emprego da IATF em bovinos. Esses dados são comparados com as informações divulgadas pela ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial) quanto ao número de doses de sêmen comercializadas (INDEX ASBIA), buscando estimar a evolução da IATF no mercado de inseminação artificial no Brasil.
Para o ano de 2020, o INDEX ASBIA representou 98% do mercado de sêmen no Brasil. O número de doses de sêmen comercializadas no mercado interno foi superior a 23,6 milhões de doses, quantidade 25,3% maior na comparação com 2019 (aproximadamente 18,9 milhões de doses).
Soluções para IATF
Para melhores resultados da IATF, a Bimeda oferece em seu portfólio soluções como o Biprogest, um dispositivo intravaginal em forma de T impregnado com progesterona de liberação lenta. O produto é utilizado para a regulação do ciclo estral em bovinos, programas de ATF, programas de superovulação de doadoras em tempo fixo (TETF) e sincronização de receptoras.
Outra solução é o sincronizador de desenvolvimento folicular e indutor de ovulação em bovinos, Sincroben. O produto é utilizado na sincronização da onda de desenvolvimento folicular ou sincronização de cio com dispositivos e implantes de progestágenos ou progesterona; na indução da ovulação e em protocolos de IATF, oferecendo melhora nos índices reprodutivos e maior controle sobre o manejo reprodutivo da propriedade.
O Clocio, outra solução da Bimeda na área de reprodução, é uma agente luteolítico à base de cloprostenol sódico para bovinos, que oferece melhora nos índices reprodutivos e maior controle sobre o manejo reprodutivo da propriedade.