Mesmo após o início do inverno, faz calor em boa parte do Brasil. Segundo prognósticos do Climatempo, no inverno deste ano não são esperados extremos de frio ou calor, mas sim um equilíbrio entre os dois, com uma tendência para maior número de dias com temperaturas mais elevadas do que o normal para essa época do ano. De acordo com os meteorologistas, o inverno de 2024 deve ter temperaturas acima da média, com destaque para o final da estação, entre agosto e início de setembro, quando devem ser registradas, inclusive, ondas de calor.
A expectativa é que seja instalado no país o fenômeno La Niña, que tem como efeitos clássicos o aumento de chuvas no Norte e no Nordeste, o tempo seco no Centro-Sul, com chuvas irregulares, tempo mais seco no Sul e maior variação térmica.
Diante desse cenário, como fica a incidência de carrapatos, berne e moscas? O que o produtor deve fazer para proteger o seu rebanho? Acompanhe o artigo e fique por dentro desse assunto!
Calor e chuva: combo perfeito para proliferação de carrapatos
De acordo com especialistas, os períodos em que há aumento das temperaturas e maior frequência de chuvas levam a um crescimento na proliferação de carrapatos. A praga, que pode comprometer – e muito – a saúde dos animais, traz prejuízos elevados para o negócio. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as perdas causadas pelos carrapatos ultrapassam US$3,2 bilhões anualmente.
Em períodos de altas infestações, os animais podem apresentar diversos sinais clínicos que impactam diretamente na sanidade e, consequentemente, na produção de carne e leite. Além disso, os carrapatos podem favorecer o desenvolvimento de um outro problema para a pecuária: a tristeza parasitária, causada por dois principais agentes, a babesia ou a anaplasma.
Pesquisadores da Embrapa dão 10 dicas certeiras para controlar o carrapato-do-boi nas propriedades rurais brasileiras. São elas:
- Utilize o produto adequado para a sua propriedade (para isso, conte com o auxílio de um médico-veterinário de confiança);
- Inicie o controle do carrapato na época da seca, período em que os carrapatos estão em menor número nas pastagens;
- Siga rigorosamente a bula do produto, levando em conta todos os aspectos relacionados a homogeneização, dosagem, período de descarte do leite e permissão para uso em vacas lactantes;
- Utilize máscaras, luvas e roupas adequadas para manipular os produtos;
- Realize o banho nos animais no sentido contrário aos pêlos, com pressão adequada e em toda a superfície do corpo (inclusive orelhas e entre as pernas). Verifique o horário adequado para realizar esta atividade: evite dias de chuva e horários de sol forte;
- Os animais recém tratados servem como "aspiradores" de carrapatos, por isso, os coloquem nas pastagens que estão infestadas;
- Fique de olho nos "bovinos sangue doce". Eles devem ser identificados e tratados com mais frequência;
- Isole os animais recém-adquiridos por 30 dias antes da incorporação ao rebanho;
- Separe bovinos e equinos na propriedade. Os bovinos podem se infestar com os carrapatos que acometem os equinos, cujo controle deve ser feito de forma diferente;
- Antes de aplicar o produto no animal, teste a sensibilidade dos carrapatos aos carrapaticidas e troque o produto por outro mecanismo de ação de tempos em tempos.
Berne: menos leite e carne
Neste inverno relativamente mais quente, o produtor também deve ficar atento à ocorrência de bernes, um dos principais ectoparasitas que afeta os rebanhos de gado de corte, especialmente no Cerrado. O berne é uma pequena larva da mosca berneira, responsável por acometer os rebanhos, diminuindo a produção de leite e carne e até mesmo danificando o couro.
Os pecuaristas podem adotar algumas medidas relativamente simples para evitar a ocorrência dos bernes nas propriedades e eliminar o problema quando os animais estão infectados, como:
- Limpeza dos pastos, currais e local em que o rebanho costuma beber água;
- Retirar com frequência do curral o esterco produzido pelos animais;
- Eliminar o acúmulo de lixo e lama;
- Fazer a remoção de esterqueiras, piscinas de decantação ou biodigestores para o controle de outras moscas que podem servir de vetores;
- Oferecer nutrição adequada para o rebanho, tornando o sistema imunológico dos animais mais forte;
- Utilizar produtos que combatem ou repele as moscas que podem ser vetor do parasita;
- Caso o rebanho esteja contaminado, procure o tratamento adequado, utilizando medicamentos indicados para cada caso;
- Limpe bem o local em que a larva está instalada no animal e passe pomadas para matar o parasita;
- Não se esqueça de matar os bernes que caíram ao chão após o tratamento. Eles têm potencial de se transformar em novas moscas vetores, aumentando o problema na sua propriedade.
Moscas: as grandes causadoras de estresse
As temperaturas elevadas e ocorrência de chuvas também são um prato cheio para a ocorrência de moscas nas propriedades. Esses ectoparasitas causam grande estresse nos bovinos, que, irritados, deixam de se alimentar corretamente, causando a perda de peso.
As principais moscas que atacam os bovinos são: mosca-dos-chifres (Haemotobia irritans), mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans), mosca-berneira (Dermatobia hominis) e mosca doméstica (Musca domestica).
Entre as principais medidas para controle das moscas em geral, estão:
- Limpar semanalmente os cochos, mangueiros e currais para a remoção dos dejetos animais e/ou restos alimentares
- Manejar os resíduos orgânicos em pilhas com lonas até cessar a fermentação e utilizá-los como adubo
- Manter os montes de silagem cobertos com lonas plásticas
- Fazer o controle das moscas com armadilhas
- Instalar leiteiras e piquetes próximos, com distância de 20 metros entre si.
Bimeda pode te ajudar!
A Bimeda tem um portfólio completo de produtos que podem ajudar o produtor a controlar a ocorrência de carrapatos, berne e moscas em geral no sistema de produção de bovinos. Conheça os produtos e mantenha seu rebanho protegido em qualquer estação do ano!
Moxsolv: Indicado para o tratamento e controle dos parasitas internos dos bovinos, além de parasitas externos, como os carrapatos. O produto é à base de Moxidectina Injetável 1% e pode ser administrado com segurança em bovinos jovens e adultos, inclusive bezerros e fêmeas prenhes.
Eprifort 1%: Usado no tratamento das infestações de bovinos por nematódeos gastrintestinais, bernes e mosca do chifre. Com a molécula mais moderna entre as avermectinas, o Eprifort 1% tem facilidade na aplicação e carência zero para abate e leite.
Bimectin e Bimectin 3,5%: A família Bimectin é composta pelos antiparasitários à base de ivermectina, substância eficaz e recomendada no tratamento das infecções causadas pelos parasitas dos bovinos. No Bimectin 3,5%, a dose extra amplia o tempo de ação. Seu agente principal paralisa e elimina vermes externos, como o Dermatobia hominis, causador do berne.
Texvet Max Pour On: É indicado para uso tópico no combate aos ectoparasitas, como o Dermatobia hominis (adultos). Seus benefícios ao produtor estão relacionados a facilidade de aplicação, alta eficiência e baixo período de carência.
Lontal Pour On: Elimina larvas do berne e trata as bicheiras com praticidade e eficácia e é indicado para infestação por moscas-do-chifre. Entre as vantagens do produto estão a fácil aplicação em um único ponto, sua ação sistêmica, a eficácia em todas as fases da larva, além de ser pronto para uso e ser colorido, o que facilita a aplicação.
Actyl: Com sua formulação diferenciada, o Actyl é a opção ideal para auxiliar no controle do carrapato dos bovinos. O produto é à base de fipronil 1% e traz como benefícios os efeitos de longa duração, que podem durar até 46 dias; ação rápida, com controle em até 72h após a aplicação; ampla margem de segurança e menor número de manejo, o que causa menos estresse e traz maior ganho para os animais.
Viu só como os cuidados com o rebanho precisam ser feitos constantemente, em todos os períodos do ano? Para saber mais como manter a saúde dos seus animais continue acompanhando o blog da Bimeda e suas redes sociais!