Produtor, você conhece as vantagens da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF)? Esta técnica é a principal ferramenta para a realização da inseminação artificial, tecnologia que impacta positivamente todo o sistema de produção de gado de leite e de corte.
Mas o que é de fato a IATF? É uma técnica promotora da sincronização da ovulação das fêmeas bovinas após a administração de medicamentos em dias predeterminados, possibilitando a sincronização de um lote de fêmeas paridas ou novilhas para que elas sejam todas inseminadas no mesmo dia, sem a necessidade de observação do cio.
O uso dessa tecnologia pode favorecer o aumento da lucratividade da propriedade, por permitir a utilização do sêmen de touros com melhor genética e, consequentemente, incrementar a genética dos bezerros. Além disso, o uso da IATF melhora os índices reprodutivos dos animais, reduz o intervalo entre os partos e aumenta o número de bezerros nascidos.
De acordo com estudo elaborado pelo Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP), o mercado de IATF cresceu 23,6% em 2019, em relação a 2018. No ano foram comercializados 16.382.488 protocolos, indicando que 87% das inseminações no Brasil foram realizadas pela IATF, demonstrando a clara consolidação da tecnologia no mercado de inseminação artificial. Confira esse artigo e entenda como essa tecnologia contribui para a produção de carne e de leite!
IATF na pecuária de corte
Como já vimos, a IATF possibilita a realização da inseminação artificial, uma tecnologia que impacta positivamente todo o sistema de produção de gado de corte. A inseminação artificial é fundamental para os ganhos genéticos e heterose do rebanho, propiciando ganho de produtividade em curto período de tempo, por isso, é tão utilizada em fazendas de cria, onde as matrizes precisam emprenhar, parir e desmamar para que o ciclo de produção de carne continue.
A IATF e a inseminação artificial têm custo acessível e são capazes de impactar de forma direta a propriedade rural, por isso, o número de vacas inseminadas no Brasil vem aumentando ano após ano.
Para a pecuária de corte, as principais vantagens do uso da IATF listadas pelos especialistas são:
·Possibilidade de inseminar matrizes em anestro (que não estão apresentando cio);
·Oportunidade de inseminar uma fêmea sem a detecção do cio;
·Antecipação das prenhezes dentro da estação de monta;
·Diminuição da duração da estação de monta;
·Concentração dos partos, facilitando os manejos;
·Padronização do rebanho e consequente homogeneidade dos lotes de manejo;
·Aceleração do melhoramento genético do rebanho;
·Possibilidade de cruzamento entre raças como zebuínos x taurinos (heterose);
·Aumento do número de filhos de um reprodutor;
·Controle zootécnico do rebanho, possibilitando o aumento da pressão de seleção dos animais;
·Monitoramento mais preciso das perdas de gestação.
Produção de leite
A pecuária leiteira também pode se beneficiar com a IATF para aumentar a fertilidade e a eficiência reprodutiva do rebanho, principalmente em um cenário em que o setor leiteiro está cada vez mais competitivo e tecnificado, exigindo que os produtores aumentem a produtividade do rebanho e reduzam os custos de produção
Além disso, o aumento da produção leiteira por hectare tem sido acompanhado pela redução da fertilidade dos rebanhos, caracterizada pelas baixas taxas de gestação e menor rentabilidade da atividade devido ao menor número de bezerras nascidas e diminuição da vida útil das vacas de alta produção.
Neste cenário, o uso da Inseminação Artificial em Tempo Fixo torna-se uma importante solução para enfrentamento das dificuldades impostas à atividade. O produtor, porém, precisa analisar alguns pontos antes de iniciar o seu uso.
Entre os cuidados listados por especialistas estão a necessidade de identificação individual dos animais e a realização de anotações periódicas para detectar os gargalos do sistema de produção e elaboração de medidas para melhorar o desempenho reprodutivo, produtivo e financeiro.
O produtor precisa conhecer índices como a taxa de serviço, ou seja, o número de vacas inseminadas em relação ao total de vacas aptas à reprodução; taxa de conceção, que é o número de vacas inseminadas que se tornam gestantes no primeiro diagnóstico de gestação após a taxa de inseminação; e a taxa de gestação, correspondente ao número de vacas aptas à reprodução que se tornam gestantes a cada 21 dias. É importante ainda saber o intervalo entre o parto e a concepção, o intervalo de partos e o número de coberturas ou inseminações por gestação.
Com todas essas informações em mãos, o produtor conseguirá monitorar com eficiência a adoção da tecnologia, verificar se as metas foram atingidas e mudar a rota, caso seja necessário.
Qual protocolo de IATF utilizar?
O mercado disponibiliza para os produtores uma ampla variedade de protocolos hormonais para realização da IATF, dos mais simples aos mais complexos, dos mais econômicos, aos mais sofisticados.
Para a escolha de como empregar a técnica em sua propriedade, o produtor deve consultar um médico-veterinário para identificar o método que mais se enquadra na sua fazenda, lembrando-se sempre que cada rebanho tem a sua particularidade e a eficiência de protocolo depende de diversos fatores dentro do sistema produtivo.
IATF é com a Bimeda
A Bimeda pode ajudar a empregar a IATF da melhor forma possível nas propriedades. A empresa global de saúde animal tem no mercado três produtos utilizados para a realização da Inseminação Artificial em Tempo Fixo, são eles:
Sincroben: produto utilizado na sincronização da onda de desenvolvimento folicular ou sincronização de cio com dispositivos e implantes de progesterona, indicado para a indução da ovulação e em protocolos de IATF. O Sincroben pode ser utilizado em diferentes protocolos de sincronização de cio e IATF, melhorando os índices reprodutivos e trazendo mais controle sobre o manejo reprodutivo da propriedade.
Biprogest: dispositivo intravaginal em forma de T impregnado com 1,25 g de progesterona de liberação lenta. É utilizado para a regulação do ciclo estral em bovinos, programas de IATF e de superovulação de doadoras em tempo fixo (TETF) e sincronização de receptoras.
Clocio: indicado para estro não detectável, ou seja, o cio silencioso. O produto tem alta eficiência, melhora os índices reprodutivos e traz maior controle sobre o manejo reprodutivo da propriedade. É utilizado em vacas na época do pico de lactação em que há uma manifestação pobre do cio, apesar da atividade ovariana dos animais estar normal. Neste caso, o produtor deve avaliar as fêmeas por palpação retal para confirmar a presença de corpo lúteo. O Clocio pode ser usado após a confirmação e o produto deve observar o cio antes da inseminação.
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