Você, criador de cavalo, já ouviu falar sobre a habronemose cutânea, bastante conhecida como "ferida de verão"? Esta é uma doença que, se não tratada corretamente, pode trazer problemas graves para o bem-estar dos equinos, comprometer o desempenho e reduzir o valor comercial dos animais.Neste artigo, vamos te explicar o que é habronemose cutânea, o que fazer para evitar a ocorrência desse problema na sua propriedade e como tratá-la de forma rápida e eficaz. Acompanhe!
O que é habronemose cutânea?
A Habronemose cutânea é uma dermatose nodular de cavalos causada por uma reação de hipersensibilidade às larvas de vermes gástricos dos géneros Habronema e Draschia que parasitam o estômago de equinos e asininos. A lesão ocorre quando as moscas depositam larvas em feridas previamente abertas na pelagem do animal ou em regiões úmidas, como olhos, lábios, narinas, prepúcio, pênis e vulva. Segundo os especialistas, a doença causa uma coceira intensa e feridas que não cicatrizam. Isso afeta o bem-estar dos animais e pode levar à perda de valor comercial.
Como os equinos se contaminam com a habronemose cutânea?
De acordo com os pesquisadores, a habronemose cutânea é causada pelo ciclo errado da larva dos nematódeos do gênero Habronema, sendo as espécies de mais importância a Habronema micróstoma e a Habronema muscae.
Os vermes adultos dessas espécies liberam ovos nas fezes dos equinos, que se desenvolvem em larvas e são ingeridas por moscas das espécies Stomoxys calcitrans e Musca domestica. As larvas se desenvolvem nas moscas, que pousam em regiões úmidas ou feridas abertas na pele, no canto medial dos olhos, patas, face, linha média do abdômen e prepúcio dos equinos, ocasionando contaminação desses tecidos pelas larvas e levando a uma reação inflamatória e de hipersensibilidade (PARRA et al., 2021).
O termo "ferida de verão" se dá porque a ocorrência das moscas é mais frequente nessa época do ano, o que leva ao período de maior infecção dos animais.
Por conta da coceira intensa, ocorrem traumas no local em que as larvas foram depositadas gerando um granuloma com bordas irregulares que não cicatrizam. Isso pode levar a uma fibrose inativa com tamanho até dez vezes maior do que o seu início.
Sinais clínicos da doença
A habronemose cutânea é caracterizada por lesão nodular ou múltipla, podendo ser ou não acompanhada por tecido de granulação. Essas feridas, segundo os especialistas, não cicatrizam porque contam com a presença das larvas, que não completam seu ciclo e mantêm a inflamação ativa.
Em casos mais graves, os animais podem ter sintomas como perda de apetite, desconforto abdominal e emagrecimento.
O diagnóstico ocorre de forma multifatorial em que é avaliado o histórico clínico do animal, identificação das larvas em raspado de pele ou pelo exame histopatológico de lesão.
Prevenção e controle da habronemose cutânea
Uma das principais medidas para a prevenção e controle da habronemose cutânea é o controle das moscas, que agem como vetores da doença.
Para isso, os produtores devem fazer o manejo correto do esterco, utilizar armadilhas e até mesmo usar repelentes nos equinos, sempre com orientação do médico-veterinário.
Também é importante que os criadores realizem cuidados constantes com as feridas dos equinos e deixem os animais em ambiente limpo.
Tratamento
Para o tratamento rápido e eficaz, o criador deve procurar um médico-veterinário de confiança, assim que as lesões sejam identificadas. A Bimeda, empresa global de saúde animal, oferece aos produtores o Panteq, medicamento que auxilia no tratamento da habronemose cutânea.
O Panteq é um vermífugo em pasta de uso oral que combate os parasitas gastrointestinais e melhora o pelo e a resistência dos cavalos, além do desempenho no trabalho e em competições.
De amplo espectro, o produto previne a habronemose, elimina todas as fases da verminose, é eficaz contra os vermes resistentes às avermectinas e propicia melhoria na pelagem e no peso dos animais.
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