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Doenças respiratórias são um desafio para a produção de bovinos e suínos

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 As doenças respiratórias são um grande desafio para a produção animal, principalmente de bovinos e de suínos. Com um sistema de produção cada vez mais intensivo, o produtor rural deve tomar diversos cuidados para evitar que enfermidades ligadas ao sistema respiratório acometam os animais e causem problemas na propriedade, já que essas doenças têm como característica o alto poder de contaminação.

Com capacidade de trazer problemas múltiplos para a saúde dos animais, as doenças respiratórias podem impactar o ganho de peso, produtividade e fertilidade, além de terem altos índices de mortalidade.

Neste artigo, vamos te mostrar as principais doenças respiratórias que acometem bovinos e suínos, os prejuízos causados, seus sinais clínicos, o que fazer para prevenir e como tratá-las. Acompanhe!

Doença Respiratória Bovina (DRB)

A Doença Respiratória Bovina é uma das principais enfermidades que impactam economicamente a pecuária mundial, devido aos altos índices de morbidade e mortalidade dos animais. Considerada como multifatorial, a DRB resulta de um desequilíbrio de interação entre agentes patogênicos, sistema de defesa dos animais e fatores ligados ao ambiente.

Entre os principais fatores predisponentes da doença é possível destacar a imunidade, idade dos animais, estado nutricional, desidratação, parasitoses, estresse causado por transporte, desmame e alteração da dieta, além da ambiência. Os produtores também devem ficar atentos a questões do ambiente, como condições climáticas adversas, relacionadas ao aumento da amplitude térmica, umidade, chuva e vento.

A DRB tem como principais agentes: Mycoplasma dispar, M. bovis, Mannheimia haemolytica, Pasteurella multocida, Haemophilus somnus, vírus sincicial respiratório, vírus da parainfluenza, herpesvírus bovino e coronavírus entérico de bovinos. 

Prejuízos

Segundo pesquisadores, as doenças respiratórias são responsáveis por 32,7% das perdas de bezerros, além de 16% da morte de animais em uma fazenda leiteira (PEEL, D. S., 2020). Entre as pneumonias de maior importância destacam-se as chamadas intersticiais e as broncopneumonias. De acordo com especialistas, esta última pode ser responsável por 80% dos casos da doença, e uma das principais enfermidades presentes nos sistemas intensivos de produção de bovinos no mundo. Informações recentes dos EUA dão conta de que a doença respiratória é responsável por 75% de morbidade e por 50% a 70% de mortalidade em confinamentos de gado de corte.

Os principais impactos da DRB estão relacionados a mortalidade das vacas e bezerros, queda do peso ao desmame, custo de tratamento dos animais, perda na produção de leite, diminuição da taxa de prenhez e problemas relacionados a abortos, natimortos e morte perinatais.

Sintomas

Um dos principais sinais da doença, de acordo com pesquisadores, é que o gado tenderá a ficar para trás ou a isolar-se do resto do grupo. Febre, secreção nasal e ocular, tosse, predisposição inclinada da cabeça/orelha e sinais de depressão, como diminuição do apetite. Movimento lento do corpo e falta de vontade de ficar de pé, também são sintomas que devem acender o alerta dos produtores rurais.

Doenças respiratórias em suínos

As doenças respiratórias também causam grandes impactos na produção de suínos. Elas comprometem significativamente a saúde e a produtividade dos animais, aumentando os custos e a taxa de mortalidade nas diversas fases produtivas.

Os principais agentes dessas doenças são: Mycoplasma hyopneumoniae, Circovírus Suíno tipo 2 (PCV2) e Actinobacillus pleuropneumoniae (APP), responsáveis por causar pneumonia enzoótica, circovirose suína e pleuropneumonia.

Pneumonia enzoótica: a doença atinge, principalmente, os animais mais jovens, afetando as vias respiratórias e trazendo lesões nos pulmões e bronquíolos. É uma doença altamente contagiosa, caracterizada pela alta morbidade, tosse crônica e retardo no crescimento dos animais. Segundo pesquisadores, sua transmissão pode ocorrer pelo contato direto das secreções respiratórias do suíno portador ou por aerossois, a partir de animais infectados em um rebanho livre.

Circovirose suína: afeta animais em todas as idades, mas principalmente os suínos após o desmame, a partir da sexta semana de vida. Se manifesta em diversos sintomas, desde respiratórios até problemas reprodutivos. Os animais doentes morrem ou ficam pequenos, fora do padrão de peso para a idade, devido ao ataque de várias bactérias oportunistas. De acordo com os especialistas, o quadro clínico é caracterizado por dermatite e nefropatia, distúrbios reprodutivos como abortos, além de pneumonias, enterites e doenças do sistema nervoso, como meningoencefalite e tremores congênitos. A doença é altamente contagiosa, resistente ao ambiente e imune à maioria dos desinfetantes convencionais utilizados em granjas suínas.

Pleuropneumonia suína: é considerada como um dos maiores desafios para a indústria de suínos. Os surtos com cepas severas desse patógeno podem resultar em morbidade superior a 50% e mortalidade entre 1 e 10%. A doença tem como característica principal a broncopneumonia fibrino-hemorrágica e necrosante, que pode evoluir para pleurite adesiva com formação de nódulos. Os especialistas estimam que as perdas financeiras do plantel podem chegar a 38%, devido à morte dos animais, atraso no crescimento e no ganho de peso, além de despesas veterinárias.

A ocorrência dessas doenças nas granjas de suínos, segundo especialistas, está relacionada a fatores de ambiência e manejo inadequado. Entre os principais problemas listados pelos médicos-veterinários estão:

  • Alta densidade e superlotação dos plantéis
  • Mistura de animais de diferentes origens
  • Baixa qualidade do ar – com altos níveis de amônia e dióxido de carbono
  • Problemas na fase de desmame dos leitões

Prevenção, controle e tratamento das doenças respiratórias

Confira abaixo cinco pontos fundamentais para prevenir, controlar e tratar as doenças respiratórias na produção de bovinos e suínos:

Vacinação: investir em vacinação é essencial para conferir proteção clínica do rebanho. As vacinas também ajudam a reduzir a circulação de patógenos no rebanho, contribuindo para a saúde geral dos animais.

Manejo eficiente: ponto fundamental para reduzir a circulação de vírus e disseminação bacteriana. Preste muita atenção aos detalhes, como ventilação adequada nas habitações, drenagem eficaz e mistura cuidadosa de grupos etários, evitando sobrelotação e implementando medidas de controle de parasitas.

Isolamento e tratamento adequados: isolar os casos clinicamente afetados e administrar o tratamento com antibióticos apropriados são medidas cruciais para limitar as perdas no rebanho. Ao tratar os animais afetados, você ajuda a controlar a propagação da doença.

Biossegurança: manter a biossegurança é fundamental para prevenir a introdução de animais infectados no rebanho. Isso pode ser feito por meio do rigoroso isolamento e quarentena de novas introduções até que testem negativo. Além disso, restrinja o acesso do gado a fontes externas de infecção, como os animais de estimação.

Tratamento adequado: ao tratar doenças respiratórias é importante usar antimicrobianos e anti-inflamatórios adequados. Lembre-se de que os antibióticos são eficazes apenas contra infecções bacterianas. Às vezes, é necessário iniciar a terapia antes mesmo de receber os resultados da investigação bacteriológica, garantindo um tratamento rápido e eficaz. A dica é sempre procurar um médico-veterinário de sua confiança para orientações!

Solucef PPU da Bimeda para tratar

Para tratar os animais acometidos pelas doenças respiratórias é imprescindível consultar um médico-veterinário. O tratamento deve ser assertivo para promover rapidamente o bom estado de saúde e a retomada de ganhos produtivos. A Bimeda oferece como solução o antibiótico Solucef PPU, à base de Ceftiofur 5%, com rápida biodisponibilidade e com amplo espectro de ação.

É indicado para bovinos no tratamento das pneumonias causadas por Pasteurella multocida, além de enterites causadas por Salmonella Typhimurium, Escherichia coli, podridão dos cascos causado por Fusobacterium necrophorum e mamites ocasionadas por Streptococcus dysgalactiae. Nos suínos, o medicamento é indicado para tratamento de infecções causadas por Escherichia coli e por Streptococcus suis tipo 2.

Entre os principais benefícios do Solucef PPU estão:

  • Descarte zero para leite
  • Curto período de carência para abate (3 dias)
  • Praticidade na aplicação
  • Rápida ressuspensão
  • Amplo espectro de ação 
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