Enfermidade pode trazer prejuízos financeiros ao produtor e reduzir a produtividade dos animais
Com a chegada das temperaturas e umidade mais baixas, o pecuarista precisa redobrar os cuidados com o rebanho. O período é de alerta para quem quer manter a saúde do gado e garantir a produtividade, pois é nesta fase que aumenta a incidência das Doenças Respiratórias Bovinas (DRB).
Por conta das mudanças climáticas e agrupamento, os animais em confinamento estão mais suscetíveis a contrair as enfermidades. E isto se deve a diferentes fatores; como a diminuição das chuvas, o rebanho tende a sofrer ainda mais com o ambiente seco e a oscilação de temperatura.
O estresse também é uma das causas dessas enfermidades. Alterações bruscas no temperamento do bovino podem interferir nos mecanismos do aparelho respiratório, o que pode ocasionar a proliferação de microorganismos e a produção de toxinas.
DRB
As Doenças Respiratórias Bovinas (DRB) podem causar muitos transtornos aos pecuaristas. Isto porque, essas enfermidades estão entre as principais causas da baixa produtividade dos bovinos, podendo até levar a morte.
Entre as doenças respiratórias que atingem o rebanho bovino, as pneumonias são as mais frequentes e de maior gravidade, variando entre estados crônicos até agudos e fatais. Geralmente, a questão começa pela instalação de um agente viral que compromete o sistema imunológico, criando condições favoráveis para que as bactérias se instalem no trato respiratório.
Os agentes mais comuns envolvidos nas DRB são: Mycoplasma dispar, M. bovis, Mannheimia haemolytica, Pasteurella multocida, Haemophilus somnus, vírus sincicial respiratório, vírus da parainfluenza, herpesvírus bovino e coronavírus entérico de bovinos.
Como identificar?
Os animais, quando infectados, podem apresentar sintomas comuns, como por exemplo corrimento nasal de mucoso a purulento, tosse, dificuldade para respirar, depressão, perda de apetite, letargia e febre.
Porém, em alguns casos, os bovinos podem camuflar os sintomas e dificultar a detecção da enfermidade. Para controlar a doença, o animal pode receber a metafilaxia direcionada, que utiliza determinadas métricas para tentar prever se um animal corre um risco maior de DRB.
No confinamento, o produtor pode se atentar em alguns pontos para identificar bezerros que correm o risco de contrair a doença:
1) Touros x novilhos: os touros são 3,32 vezes mais propensos a ter DRB;
2) Identificador auricular existente: ele se torna uma evidência de que o animal foi tratado pelo menos uma vez antes da chegada e pode ter sido vacinado, desparasitado ou pré-condicionado, tornando menos provável a ocorrência da doença;
3) Peso corporal: bezerros mais leves em uma carga de caminhão têm maior risco de contrair a doença;
4) Temperatura retal superior a 39,7 ℃ pode indicar indivíduos de maior risco;
5) Ausculta pulmonar.
Caso a doença respiratória já tenha infectado o animal, recomenda-se o tratamento rápido para ajudar a aumentar as taxas de cura. Não se esqueça de consultar o médico veterinário responsável por seu rebanho, para que possa ser indicada a melhor estratégia de prevenção e os protocolos de tratamento contra a DRB.
Fique atento e evite perdas no rebanho.