A diarreia neonatal é considerada uma das doenças mais importantes de bezerros, sendo a principal causa de morbidade e mortalidade de animais jovens, segundo pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A doença é responsável por 50% das causas de morte nos primeiros 30 dias de vida dos animais. O número expressivo acende o alerta do produtor: é necessário atenção a esse problema e o manejo correto dos animais.
A origem da diarreia neonatal pode ser viral, bacteriana, parasitária e alimentar, por isso, a identificação do problema necessita de conhecimento das condições particulares da propriedade e do rebanho. De acordo com especialistas, é importante que o pecuarista implemente estratégias de controle e prevenção considerando as características individuais de cada propriedade, respeitando o manejo utilizado e os fatores econômicos para que a produção seja viável e economicamente sustentável.
Neste artigo, damos um panorama sobre a doença, seus sinais e estratégias de tratamento. Acompanhe a leitura!
Prejuízos vão além da mortalidade dos animais
Segundo a publicação "Diarreia em bezerros leiteiros lactantes: a doença e o manejo em diferentes unidades da Embrapa", as perdas em nível mundial relacionadas à diarreia estão estimadas entre 20% e 52% em animais leiteiros, com custo aproximado de US$ 33,50 por bezerro por ano. Alguns autores estimam que a mortalidade relacionada à diarreia em bezerros varia de 10,3% a 34% em todo o mundo, tendo o Brasil índices mais elevados devido ao baixo índice tecnológico das propriedades do país.
Os números também são expressivos na pecuária de corte. Segundo os pesquisadores, a diarreia causa cerca de 2% da mortalidade de bezerros e na raça Nelore é considerada o principal fator de perda econômica em vários estados brasileiros.
Os prejuízos econômicos, porém, não se limitam a mortalidade. A doença contribui também para diminuir a taxa de crescimento dos animais, reduzir a eficiência de utilização dos alimentos e, principalmente, diminuir a resistência do sistema imune a outras doenças importantes.
Vírus, bactérias e parasitas são os principais agentes causadores
Apesar dos prejuízos causados pela diarreia neonatal na pecuária de leite e corte no Brasil, os estudos na área são escassos em relação à identificação dos seus principais agentes causadores.
Segundo pesquisadores da Embrapa, diversos agentes patogênicos e condições de manejo podem ocasionar a diarreia neonatal, que é descrita como uma síndrome resultante da interação de diversos fatores como imunidade, ambiente, nutrição e micro-organismos patogênicos. Os pesquisadores afirmam que a prevalência dos agentes causais varia conforme a região do país e o tipo de criação dos animais.
Os especialistas, porém, destacam vírus como rotavirose, coronavirose e diarreia viral bovina; bactérias como colibacilose e salmonelose; e os parasitas criptosporidiose e eimeriose; além das intoxicações e diarreias de causas nutricionais como as principais causas da diarreia neonatal.
Diagnóstico
Os sintomas da doença variam de acordo com seu agente causador, mas as manifestações clínicas mais comuns são diarreia aquosa aguda com desidratação intensa e progressão ao óbito. Apesar de em algumas situações o tempo de vida do animal sugerir determinados vírus, bactéria e parasitas, nem sempre é possível realizar o diagnóstico etiológico apenas com a observação clínica, sendo necessária a realização de exames laboratoriais.
O produtor, porém, pode ficar atento a alguns sinais e aspectos das fezes para indicar os possíveis agentes. Confira a tabela abaixo com as informações principais.
Bimeda possui protocolos para tratamento rápido dos animais
Antes de iniciar o tratamento são importantes a avaliação e o exame clínico do animal, realizado por um Médico Veterinário, para se ter um diagnóstico correto.
A Bimeda possui diversos produtos para o tratamento da diarreia neonatal, como o Trigental, o Mogiflox e o Antióxico. Os remédios têm rápida absorção e agem rapidamente para a recuperação dos bezerros. Confira abaixo a característica de cada um deles:
Trigental: antibiótico oral a base de Enrofloxacina a 5% para tratamento das diarreias bacterianas em bezerros e leitões e age direto no foco da infecção.
Mogiflox: antibacteriano injetável a base de Enrofloxacina a 10%, que age no tratamento de infecções respiratórias e digestivas, no pós-parto, nos cascos e em casos de mamites com excelente custo-benefício.
Tetroxy: antibiótico injetável a base de Oxitetraciclina a 20%, que atua nas enterites bacterianas.
Solucef: Cefalosporina de terceira geração a base de Ceftiofur a 5%, que atua nas enterites bacterianas.
Antitóxico: suplemento injetável com vitaminas e aminoácidos, que visa auxiliar na desintoxicação dos animais. O medicamento age em todos os tipos de intoxicação e possui alta concentração, possibilitando o tratamento de cinco animais, em média, com um único frasco.
É importante lembrar que o tratamento de suporte dos sintomas que o animal apresenta é essencial para sua rápida recuperação, apresentando melhorias relacionadas à desidratação, febre e perda de flora intestinal.