De geração para geração: 6 dicas para fazer uma sucessão familiar no campo com segurança e tranquilidade
O trabalho no campo, a produção agrícola e o agronegócio, no Brasil, têm suas raízes profundas na economia familiar. As propriedades familiares fazem girar o motor e são pilares que sustentam a economia nacional. Os números são prova disso. Dados do último Censo Agropecuário, realizado pelo IBGE, mostram que as propriedades familiares são responsáveis por 60% da produção de leite, por 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.
Diante dessa importância no aspecto macro, planejar, dentro de casa, a sucessão na administração do negócio familiar é fundamental para que a produção siga próspera e para que transição seja feita com segurança e tranquilidade. Para isso, preparamos este artigo com seis dicas para um planejamento sucessório responsável, eficaz e feliz.
Acompanhe a leitura:
1. Comece desde já
A sucessão não é algo que acontece do dia para a noite. Trata-se de uma iniciativa de longo prazo e que exige preparação. Comece a pensar e a planejar desde já, vá construindo aos poucos, junto do sucessor, os alicerces da nova história. Situações que envolvem família e negócios são sempre muito dinâmicas e, por isso, devem ser olhadas sempre de perto e resolvidas com calma, serenidade. Não deixe para a última hora. A pressa em tomar decisões poderá trazer resultados não tão positivos ou distantes dos esperados.
2. Analise a aptidão dos envolvidos e respeite a escolha de cada um
Um planejamento sucessório inclui analisar, estar presente e atento às aptidões dos possíveis sucessores. Sentir a real vontade dos familiares em seguir com o negócio é fundamental para que a transição ocorra de forma tranquila e sem desentendimentos. Envolver todos no processo o torna mais claro, democrático e honesto.
Conhecer e reconhecer as aptidões dos envolvidos é importante para definir se a gestão ficará mesmo em família ou se, por uma questão de negócio, o indicado é contratar um administrador externo. É preciso ser realista ao identificar (ou não) as habilidades do sucessor para tocar o negócio.
Aqui entra também a necessidade de se respeitar a vontade do outro. Deve-se compreender e acolher o desejo do possível sucessor em seguir um caminho diferente profissionalmente.
3. Busque por orientação de um profissional
Realizar o plano sucessório, como já foi dito, exige planejamento, envolvimento e dedicação. Com os compromissos do dia a dia, muitas vezes, o assunto pode acabar ficando de lado. Por isso, a dica aqui é procurar pela orientação de um profissional no assunto. Atualmente, existem consultorias voltadas para negócios do campo que podem oferecer suporte técnico especializado. Assim, a sucessão familiar pode ocorrer de forma mais consistente e bem-sucedida.
4. Capacite e envolva o sucessor (ou sucessores) no dia a dia da propriedade
A sucessão familiar está longe de ser somente uma transmissão de responsabilidades. O sucessor – ou os sucessores – deve estar envolvido no negócio, conhecer o dia a dia da propriedade, entender as necessidades e possibilidades da empresa.
Ter capacitação para desenvolver a função também é fundamental. O fato de vivenciar o cotidiano dos serviços é uma forma de aprender, mas cursos, formações e estudos devem fazer parte da preparação do sucessor.
5. Delegue atividades e responsabilidades antes da troca de comando
Como dito no item acima, o sucessor deve ser presente no negócio. Uma forma de garantir o envolvimento dele é delegando funções e responsabilidades antes que assuma, de fato, o comando. Ao ser colocado como responsável por determinado tema, o sucessor pode sentir que tem a confiança e o respeito do atual gestor e, assim, se dedicar mais e se apropriar com mais entusiasmo do que, um dia, será dele.
6. A experiência x o novo
Quando se tem um sucessor muito jovem, durante o processo, podem haver questionamentos sobre a forma como a administração vem acontecendo e um ímpeto em querer mudar tudo. Nesse instante, vale a paciência, a conversa e a mente aberta para visualizar novos horizontes e possíveis de mudança. No entanto, vale também a firmeza para esclarecer que a experiência adquirida em anos não pode ser, de uma hora para outra, desconsiderada. Há de se ter diálogo, proximidade e respeito, dos dois lados.
Considerar as dicas passada aqui na hora da sucessão familiar no campo é uma maneira de mudar o cenário atual, que aponta que, de cada 100 empresas familiares abertas e ativas, no Brasil, apenas 30 conseguem sobreviver ao primeiro processo sucessório. Na terceira geração, o número despenca para cinco.
Estar bem informado é fundamental para fazer o negócio prosperar. Compartilhe com mais gente! No site da Bimeda, você encontra outras notícias e informações que podem fazer a diferença no dia a dia no campo.
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