Na região Central, final do período das secas é momento de aplicar antiparasitários
Eles ocorrem o ano todo nas propriedades rurais brasileiras, principalmente nas de leite, são pequenininhos, mas causam prejuízos financeiros bilionários e problemas na saúde dos animais. Estamos falando do carrapato de boi, cientificamente chamado de Rhipicephalus Boophilus microplus.
O carrapato em bovinos é um dos principais problemas da pecuária de leite brasileira. Cientistas estimam que esses parasitas causem mais de dois bilhões de dólares de prejuízos no Brasil em decorrência da perda de peso dos animais, diminuição na produção de leite e até morte das vacas. Além disso, eles são a porta para a entrada de doenças importantes para a pecuária, como a Tristeza Parasitária Bovina.
Para evitar esses danos, os produtores rurais precisam agir com estratégia, conhecendo o ciclo de vida do carrapato de boi e utilizando os produtos adequados em cada época do ano. Neste artigo, vamos te ajudar a conhecer mais sobre esse assunto e a resolver de vez esse problema na sua propriedade. Acompanhe!
O que são os carrapatos e por que eles são um grande inimigo da pecuária de leite?
O carrapato de boi é um ectoparasita hematófago originário da Ásia, mas encontrado em diversos cantos do mundo, principalmente, na América, África e Oceania. No Brasil, eles são um problema maior para a produção de leite, por uma questão genética dos animais.
Segundo técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), a bovinocultura de corte brasileira é predominantemente composta por animais com elevado grau de sangue de linhagens zebuínas, principalmente a raça Nelore, que geneticamente é bastante resistente às infestações por carrapatos.
No caso da pecuária de leite, os animais utilizados são predominantemente mestiços, fruto do cruzamento com linhagens taurinas, em especial a holandesa, mais sensíveis às infestações com o carrapato de boi.
Prejuízos bilionários
Já falamos que os pesquisadores estimam que no Brasil, o carrapato em bovinos traga mais de US $2 bilhões de dólares de prejuízos anuais para a cadeia produtiva leiteira, certo? Mas, de onde vêm esses danos econômicos? Bom, a produção de leite, por exemplo, é drasticamente afetada por esses parasitas. De acordo com estudo de Honer e Gomes (1990), a carga parasitária de 100 carrapatos por animal por ano traz perda de produção de um litro de leite por dia e redução de 45 kg no seu peso.
Além desse prejuízo direto, a infestação de carrapato de boi causa danos nos animais, como lesões na pele, que podem ser a porta para a entrada de infecções como a Tristeza Parasitária Bovina e miíases (bicheira), perda de peso, prostração, anemia e até a morte dos animais.
Também podemos listar como danos indiretos o descarte do leite por presença de resíduos de produtos mal aplicados no tratamento, os gastos com medicamentos e a redução da natalidade na propriedade rural.
Entenda o ciclo do carrapato de boi e veja o que deve ser feito nesse final de período de seca!
Para pensarmos no tratamento eficaz, precisamos conhecer o ciclo de vida dos carrapatos. É preciso entender que normalmente, os animais adquirem o carrapato quando caminham por pastagem infestada. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as larvas, que são os "filhotes" dos carrapatos, sobem no animal e procuram um local adequado para se fixar. Este início da fase parasitária dura 22 dias, aproximadamente. É neste período que as larvas se alimentam do sangue do animal e se transformam em ninfas, que darão origem aos carrapatos adultos, que irão sugar o sangue e se acasalar.
Pesquisadores da Embrapa explicam que a fêmea fecundada se enche de sangue e abandona o hospedeiro, iniciando uma vida livre. No solo, essas fêmeas podem realizar a ovopostura de dois a três mil ovos, dos quais sairão larvas que ficarão na ponta da pastagem esperando um bovino passar para fechar o ciclo.
As condições de temperatura e umidade são fatores importantes para a sobrevivência e o desenvolvimento dos carrapatos ao longo do ano, por isso, é importante que o produtor esteja atento às condições de sua região para fazer o controle estratégico desses parasitas. Esse controle estratégico significa a utilização de tratamentos adequados para cada época do ano, alcançando assim, melhores resultados.
De acordo com pesquisadores (MAGALHÃES, 1989; FURLONG, 2003), no Brasil Central, a recomendação é a aplicação dos antiparasitários entre os meses de setembro e outubro, assim que forem avistados os primeiros carrapatos nos animais. Em abril é recomendada a aplicação de reforço, dependendo do grau de infestação. Com esse protocolo, o produtor estará preparado para enfrentar a época mais crítica do ano na infestação de carrapatos, que vai entre novembro a abril, período mais quente e úmido.
Conheça os produtos Bimeda para se livrar do carrapato de boi
A Bimeda, empresa focada na saúde animal, oferece portfólio completo de produtos para prevenir e combater o carrapato em bovinos. Um desses produtos é o Doracide, um endectocida indicado no tratamento, prevenção e controle de parasitas internos e externos dos bovinos.
O medicamento passou por diversos testes e o resultado foi unânime: comprovadamente eficaz contra vermes gastrointestinais, bernes, carrapatos e miíases em bovinos. Com atuação em amplo espectro e composição à base de doramectina a 1%, o Doracide garante resultados para a produtividade na fazenda sem dar nenhuma chance aos parasitas.
Outro medicamento bastante importante para o produtor utilizar no seu rebanho no combate ao carrapato é o Bimectin, indicado no tratamento e controle de parasitos internos e externos dos bovinos. O produto pode ser usado para endo e ectoparasitas, tem baixa toxicidade e ajuda a combater o carrapato e a prevenir as bicheiras.
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